sábado, 28 de julho de 2012

29 de Julho de 2012

COLOCANDO A VISÃO EM AÇÃO – parte 3

Quando se recebe a visão de Deus para a vida da igreja ou ministério pessoal, colocá-la em prática é a tarefa mais complicada que existe. Alguns princípios precisam ser levados em prática para que isso aconteça. Sem eles, a visão corre sério risco de ser perdida e esquecida.

Tais aspectos não são imutáveis e engessados, pelo contrário, por serem princípios, precisam ser flexíveis e adaptáveis às mais variadas situações, porém assumem uma caracterização de fundamentos necessários para aqueles que pretendem se empenhar nas mudanças que a visão propõe.
 
Olhando para o texto de Atos 16: 1 a 40 encontramos dicas importantes deixadas pelo historiador e médico Lucas sobre como colocar em prática uma visão de Deus para a igreja ou ministério. O texto relata o início da segunda viagem missionária de Paulo e de seus amigos.

Eles são impedidos de pregar o evangelho em alguns lugares e, quando estavam meio que perdidos, sem saber a direção certa, Paulo recebe uma visão e vai para a Macedônia pregar o evangelho.
 
Fruto de uma nova visão, aqueles irmãos se moveram de maneira poderosa e convicta, levando-os a plantar a primeira igreja da Europa Antiga, em Filipos. Portanto, quais são os princípios presentes no texto que podem nos ajudar a colocar a visão em prática?

Em primeiro lugar, para se colocar a visão em prática, precisamos de discernimento do Espírito. O texto diz que eles foram impedidos pelo Espírito Santo de pregar o evangelho na Bitínia e na Mísia (v. 6 e 7). Eles até insistiram, mas a vontade do Espírito prevaleceu.

Infelizmente acontece da mesma forma com muitas igrejas: ficam insistindo com suas próprias forças e não perguntam ao Espírito qual é a vontade de Deus para elas. Sem discernimento espiritual o resultado é secura e ausência de frutos.

sábado, 21 de julho de 2012

22 de Julho de 2012


COLOCANDO A VISÃO EM AÇÃO – parte 2

Se sua visão é para um ano, plante trigo. Se sua visão é para uma década, plante árvores. Se sua visão é para toda vida, plante pessoas” – Provérbio chinês.

Falamos na semana passada sobre a importância de se ter uma visão clara e definida para a igreja local. Vimos também as características de uma visão que esteja em consonância com a vontade de Deus e de longo alcance. Sem visão o povo perece e sem sábia direção a caminhada fica impraticável. O provérbio chinês acima fala que se temos uma visão para a vida toda precisamos plantar pessoas. É verdade: investir na vida de pessoas faz toda a diferença.

Quando pensamos naquilo que Jesus fez nos Evangelhos entendemos que até hoje colhemos frutos benéficos do investimento que ele fez nas vidas de doze pessoas. Deveríamos seguir o exemplo de Jesus e começar a “plantar pessoas”, já que a visão de uma igreja deve ser algo para muito tempo, apesar de muitos desejarem algo instantâneo e que produza resultados imediatos na vida da igreja.

O que significa “plantar pessoas” na perspectiva de Jesus, que, certamente, é totalmente diferente da ideia chinesa? “Plantar pessoas” para Jesus tem relação direta com o caráter do discipulado. A visão de Jesus ao olhar para os seres humanos é de vê-los com um caráter semelhante ao seu. Com uma vida que tenha identificação com a sua. Ele ainda os vê como potenciais transformadores.

Foi assim com Pedro, o experiente pescador do Lago de Genezaré. Ele disse para Pedro: “Doravante serás pescador de homens” (conf. Lucas 5:10). Que visão gloriosa Jesus teve naquele momento! Certamente, Jesus viu algo que ninguém viu: Pedro de pé pregando três anos e meio depois para uma grande multidão e três mil pessoas arrependidas e rendidas ao senhorio de Cristo (conf. At. 2: 14 a 41).

domingo, 15 de julho de 2012

15 de Julho de 2012

COLOCANDO A VISÃO EM AÇÃO – parte 1

Na linguagem popular existe um ditado que reforça a importância de receber conselho e direção em todos os momentos. Diz assim: “Quem não ouve conselho, ouve coitado!”. A Bíblia também, a mais ou menos 2700 anos, já expressava tal necessidade. Salomão afirma essa verdade em Provérbios 11:14 ao dizer que “onde não há sábia direção o povo cai, mas na multidão de conselheiros há sabedoria”.

A expressão “sábia direção” da tradução de J. F. de Almeida no versículo, indica igualmente “diretriz” e “orientação” em outras versões.  as, em minha opinião, tem a ver principalmente com “visão”. Não temos a mínima dúvida em afirmar em uma tradução mais livre e contemporânea do texto de Salomão que “sem visão o povo perece”.

Muitos que rejeitam conselhos e direcionamentos para sua vida e resolvem caminhar por suas próprias pernas, vão perecer no abismo do ostracismo e da perdição. Aplicando esse versículo ao seu contexto primário, que é o contexto da coletividade, Salomão está falando da importância da visão tão necessária para um povo caminhar com segurança e prosperidade.

Essa visão deve vir de sua liderança maior e no caso em questão, o sábio rei Salomão. Em outras palavras, sem a direção do Rei sábio que ele era, o povo iria cair. Para ele a coletividade precisava de uma direção sábia e alinhada com as prerrogativas divinas, para que não caísse no abismo da miséria, da angústia e do pecado.

Ao traduzirmos esse pequeno texto para os nossos dias, podemos aplicá-lo ao Novo Israel de Deus: a igreja de Cristo. Povo que tem o trabalho de dar continuidade a missão conferida e não realizada por Israel no Antigo Testamento. A igreja precisa de uma visão que a direcione no cumprimento de sua missão. Para cumprir a missão deixada por Deus, a igreja contemporânea necessita de uma visão muito clara e definida daquilo que Ele espera que ela seja.

Assim, sem uma visão alinhada com os parâmetros da expectativa divina para ela, a igreja não conseguirá caminhar e cairá nas teias do ostracismo e da não frutificação. Infelizmente, muitas igrejas caminham assim: sem visão. Isso acontece porque seus líderes também não a têm.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

08 de Julho de 2012

Aspectos que trazem tristeza ao coração de um pastor

Uma das coisas claras no chamado pastoral é que esta é a única “profissão” (se assim pudermos falar desse chamado) a qual o ser humano não pode escolher, mas é ela que o escolhe. O chamado pastoral muitas vezes é contrário a toda uma vida de conforto e segurança próprios desse mundo e que por isso, traz muitos conflitos e contradições. Sabemos que nenhum Seminário Teológico por melhor que seja tem as devidas condições para formar um pastor. Um pastor ou pastora é formado(a) na lida diária de sua prática e dos relacionamentos que estabelece com as pessoas. Em outras palavras, o ambiente formativo de um (a) pastor(a) é a vida da comunidade.

É na igreja que o chamado pastoral mais se manifesta e é reconhecido e referendado. O coração daquele (a) que é chamado (a) para este trabalho é formado na igreja e por meio das demandas que por ela são apresentadas. Ao atender a elas é que se faz o chamado pastoral. Porém, a própria igreja que forja e determina o chamado pastoral traz muita tristeza e angústia ao coração do(a) pastor(a). Parece contraditório, mas aqueles mesmos que referendam e que são objetos do amor de um(a) pastor(a), são os mesmos que ferem e agridem o coração de um pastor. Infelizmente muitos que fazem parte da igreja não percebem que o coração de um pastor sofre e chora em determinados momentos.

Falo assim não com a intenção de legislar em causa própria, mas com a convicção de que estou representando milhares de homens e mulheres que, à semelhança do que aconteceu com Moisés, um dia receberam um chamado claro e específico de Deus para ocuparem a frente de seu povo.

O coração de um(a) pastor(a) fica triste quando: ele(a) percebe que as pessoas não querem mudar de vida e preferem permanecer em seus pecados; quando as coisas e as estruturas são mais valorizadas do que as pessoas; quando Deus e o seu Reino não são levados à sério pelas pessoas da própria igreja; quando a vontade de Deus é substituída pela vontade dos homens; quando a burocracia e luta pelo poder ficam acima da vida e da esperança; quando as pessoas que fazem parte da igreja formal preferem viver uma vida vazia e mecânica em lugar da vida fundada nos valores do Reino; quando ele(a) percebe uma flagrante inversão de prioridades nas vidas dos crentes, Bem, a lista na verdade é muito extensa, mas em virtude do pouco espaço, paramos por aqui.