Esse é um tema que
muito me intriga: o amor incondicional de Deus! Além de intrigante, ele, é incompreensível
à mente humana. Pensar que Deus nos ama com as nossas idiossincrasias (jeitos,
manias e doenças pessoais) e pecados de estimação, é uma verdade muito louca
para a minha mente. Não consigo entender como que Deus está sempre disposto a
perdoar o agravo e as agressões que praticamos contra Ele todos os dias,
algumas por sinal, super- repetidas. Deus é realmente, muito estranho!
Nesse meu devaneio,
lembro que só consigo aceitar essa ideia de um Deus perdoador e cheio de misericórdia
pelo fato de experimentar essa realidade em minha vida pessoal. Olhando para as
minhas crises e pecados e recebendo Dele seu consolo e perdão diariamente,
sinto-me extremamente constrangido diante de Sua presença. Lembro-me e me
identifico com Pedro, o pescador, que antes de ser discípulo e apóstolo,
precisou ter uma experiência marcante com Jesus, para expressar sua angústia
pessoal em forma de um pedido que até hoje ecoa na história do cristianismo: “Ausenta-se
de mim porque sou pecador”.
Pois é, a Bíblia e a
minha experiência de relacionamento pessoal com o mesmo Jesus que não se ausentou
da vida de Pedro, fazem com que tenha um rápido vislumbre da frase que dá
título a esse texto. Caso você também, de vez em quando, não consiga
compreender esse amor de Deus por você, que Brenan Manning chamou de “anseio
furioso de Deus”, junte-se a mim, pois também essa crise me assola.
A crise de um farisaísmo
perigoso e persistente; de um orgulho espiritual extremamente pernicioso; de um
auto-merecimento sem propósito; de uma impaciência religiosa com o próximo. É
verdade, também tenho todos esses sentimentos hipócritas e vazios de
misericórdia muitas vezes.