Todos nós sofremos com os nossos paradigmas! Somos tão apegados a eles que dificilmente pensamos em deixá-los. Mesmo que tenhamos a consciência que eles não têm mais eficácia diante das novas realidades do presente momento, os abraçamos de maneira tão ferrenha que agredimos qualquer um que tentar nos tirar deles. Caímos no erro de acreditar que eles representam a nossa sobrevivência como pessoas, e assim caminhamos pela vida mais presos ao passado do que ao presente e ao futuro que nos aguarda.
Quando tentamos entender essa verdade e aplicá-la ao âmbito evangélico descobrimos que os nossos paradigmas fazem parte de uma instrução que corresponde a formação religiosa que nos foi passada e que assumimos como única e suficiente. Assim, os paradigmas religiosos se constituem nos mais difíceis de serem modificados. E foi por causa deles que Jesus e Estevão se tornaram os primeiros mártires cristãos. Os religiosos da época, presos aos seus paradigmas, não conseguiram perceber que o paradigma mudou e que tanto Jesus quanto seu discípulo, Estevão, estavam operando por meio de outro paradigma. Infelizmente, os paradigmas da religiosidade, quando se tornam solidificados pelo tempo e pelo tradicionalismo, são os mais agressivos e violentos que a humanidade pode produzir.