Por que uns são
abençoados e outros não?
Muitos cristãos fiéis
ao Senhor que dão seu dízimo e suas ofertas regularmente, que lutam para
permanecer puros diante das múltiplas tentações pecaminosas, que não aceitam e
nem dão suborno, que não praticam a mentira no trabalho e nem colam na hora da
prova, que fogem da pornografia seja na rua ou no secreto do computador, que lutam
contra um namoro lascivo, que procuram de alguma forma cumprir com suas obrigações
eclesiásticas, que não sonegam seus impostos e tributos governamentais, talvez
acordem todo dia e apresentem para Deus o clamor exposto na pergunta acima.
Traduzindo em termos
pessoais os crentes acima podem questionar a Deus da seguinte forma: “Por que não sou abençoado, se faço tudo
certinho diante de Deus e do mundo?”,
“O que há de errado comigo?”, “Será que não estou talvez, fazendo a oração
certa para Deus me abençoar?”.
Tais questionamentos refletem um pensamento que está muito em voga na
atualidade e em alguns púlpitos das igrejas evangélicas. A ideia é colocar no
indivíduo a causa pelas falhas em sua vida espiritual. Tal pensamento ensina que
caso o cristão não cumpra determinadas “regras” ou “leis” espirituais, não será
abençoado por Deus.
Assim, para que o
indivíduo seja abençoado, ele precisa praticar determinadas condições que estão
ao seu alcance, pois se assim o fizer estará na “posição correta” para receber
as bênçãos de Deus. Em outras palavras, o ser ou não ser abençoado depende mais
da força e das leis praticadas pelo ser humano do que de Deus. Consideramos o
pensamento apresentado acima como espúrio e uma sutil afronta à pessoa de Deus,
como também, um flagrante erro de interpretação bíblica que, de maneira muito
comum, se perpetua nos púlpitos e livros ditos evangélicos.
Precisamos estar
alertas para não comer o “peixe junto com as espinhas” que muitos pregadores estão
nos oferecendo. Saber retirar as perigosas “espinhas” muitas vezes não é fácil,
mas extremamente necessário para termos uma vida cristã sadia e equilibrada. Podemos
responder ao questionamento que intitula esse texto com a seguinte pergunta: “Qual é a maior benção que um cristão pode
ter?” “Qual a benção das bênçãos?”