segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Domingo 15 de Janeiro 2012

“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.” (Lm. 3: 21)

Era um tempo difícil para o povo de Deus que estava vivendo a amarga realidade da tristeza, da dor e das lágrimas sendo derramadas pelos constantes sofrimentos. Era o tempo do exílio na Babilônia em que o povo voltou a experimentar a perda da liberdade. Todo esse tempo ruim que eles estavam vivenciando era fruto de suas ações pecaminosas, pois o povo de Deus esqueceu-se d’Ele ficando, por muitos anos, mergulhado na idolatria.

Jeremias foi um profeta que viveu nesse tempo do exílio. Ele pôde ver o estado de ruína em que ficou tanto a cidade quanto o povo de Jerusalém. Jeremias provou o sabor amargo da vida no exílio e desenvolveu boa parte do seu ministério profético sofrendo na Babilônia. O contexto em que o profeta escreve o livro de Lamentações é justamente o tempo do exílio e em todo o livro vemos a descrição de como era a vida dos exilados.

A cidade de Jerusalém é descrita pelo profeta como solitária, viúva e sujeita a trabalhos forçados (Lm. 1: 1). Jeremias diz que o povo “chora e chora de noite, e as suas lágrimas lhe correm pelas faces; não tem quem a console entre todos os que a amavam...” (Lm. 1: 2). Em sua descrição, Jeremias deixa bem claro que há o reconhecimento de que esse tempo ruim é o resultado da justiça de Deus sobre suas vidas    (Lm. 2). Em meio a tantos sofrimentos, o profeta chega a declarar: “... já pereceu a minha glória, como também a minha esperança no Senhor” (Lm. 3: 18). Essa era a realidade do povo de Deus no exílio: sonhos interrompidos e povo sem esperança.