sábado, 17 de março de 2012

18 de Março de 2012

O DESAFIO DE CONTINUAR SENDO UM MOVIMENTO 54 ANOS DEPOIS

Movimento e monumento se excluem pela sua natureza e função que têm diante da vida. Algumas delas são muito conhecidas: o monumento é estático, refere-se ao passado, transparece segurança, resguarda a história, é visitado e marca pela sua presença monumental. O movimento, por outro lado, é dinâmico, caminha para o futuro, transparece insegurança, não tem uma história, pode não dar certo, não tem condições de ser “visitado” e não é marcante ainda.

Entretanto, uma das ilustrações mais impactantes que, desde os tempos dos Congressos da Vinde, foi criada sobre a igreja é aquela que a percebe como um movimento e não como um monumento. Ao olharmos a igreja desde o seu nascedouro em Atos dos Apóstolos, a vemos como um movimento de Deus que se desenvolve de Jerusalém a Roma, por meio dos eventos selecionados por Lucas ao fazer o seu relato.

Esse movimento de discípulos de Cristo que tomou conta de todo Império Romano, trouxe grande impacto sobre a história da humanidade até os dias atuais. Aquele movimento que nasceu na periferia do Judaísmo, ganhou uma dinâmica tão intensa e frutífera a partir do derramamento do Espírito Santo, que não há como negar sua eficácia até os dias de hoje.

O grande problema é que ao olharmos para a igreja de Cristo hoje, em todas as suas manifestações e vertentes, a percebemos muito mais como um monumento do que um movimento. A igreja-movimento se transformou em prédios estáticos e monumentais. Pessoas que “pararam” no tempo e por estarem presas a um passado que um dia foi glorioso, têm uma postura saudosista e infrutífera na contemporaneidade.