Para um enólogo (pessoa que conhece de maneira profunda um bom vinho), a resposta a essa pergunta é clara e direta: o vinho velho é melhor. Eles afirmam que no geral, o vinho velho é mais consistente, possuindo cheiro e gosto especiais. Demonstra ainda que ele ficou, com o tempo, mais encorpado por causa do envelhecimento no barril onde ficou alojado. Por esses motivos, o vinho velho é muito mais apreciado do que o vinho novo pelos entendidos da área e que, pelo fato deste último não ter uma história de envelhecimento, não possui a qualidade necessária admirada e requerida dos enólogos experientes.
Nos tempos bíblicos o pensamento sobre o vinho velho era o mesmo. Com um agravante: o local de envelhecimento e de fermentação do vinho não era suficientemente forte para suportar esse processo. Ele era feito de couro e dessa forma, depois de um tempo, envelhecia juntamente com o vinho que ficava mais encorpado e consistente, rompendo-se e fazendo com que o líquido precioso, fosse perdido. O vinho, portanto, naquele tempo, deveria ser consumido com certa rapidez para que o odre de couro não se rompesse com a sua fermentação.
Ao usar a ilustração sobre o paralelo entre o ”vinho velho” e o “vinho novo” entretanto, Jesus se contrapõe à concepção de que o velho era melhor do que o novo, demonstrando que o poder e a validade do vinho velho tinham acabado e que, portanto, o vinho novo, representado pela sua vida, precisava ser entendido e assimilado. Diferentemente dos enólogos, Jesus preferia o vinho novo, ou seja, a maneira nova de Deus realizar e cumprir a Sua Missão.
Essa verdade foi ilustrada por ele quando transformou a água em vinho em João 2: 1 a 11, ao realizar o seu primeiro milagre, dando a entender que o seu “vinho novo’ era muito melhor do que aquele que os convidados para a festa tinham experimentado até aquele momento.