sábado, 29 de outubro de 2011

Jesus e os paradigmas humanos – parte 1

Antes de falarmos sobre a relação de Jesus com os paradigmas, faz-se necessário estabelecer, para efeitos da didática, aquilo que entendemos como um “paradigma”. Conforme o Aurélio, a palavra “paradigma”, do grego parádeigma, literalmente modelo, é a representação de um padrão a ser seguido. É um pressuposto filosófico, matriz, ou seja, uma teoria, um conhecimento que origina o estudo de um campo científico; uma realização científica com métodos e valores que são concebidos como modelo; uma referência inicial como base de modelo para estudos e pesquisas. Thomas Kuhn (1922 — 1996), físico americano célebre por suas contribuições à história e filosofia da ciência em especial do processo que leva à evolução do desenvolvimento científico, designou como paradigmáticas as realizações científicas que geram modelos que, por períodos mais ou menos longos e de modo mais ou menos explícito, orientam o desenvolvimento posterior das pesquisas exclusivamente na busca da solução para os problemas por elas suscitados. Em seu livro a Estrutura das Revoluções Científicas apresenta a concepção de que "um paradigma, é aquilo que os membros de uma comunidade partilham e, inversamente, uma comunidade científica consiste em homens que partilham um paradigma", e define "o estudo dos paradigmas como o que prepara basicamente o estudante para ser membro da comunidade científica na qual atuará mais tarde".

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

“A ponte entre o conhecimento e a transformação”

As palavras de Jesus em Mateus 13:14 são interessantes e também muito atuais, apesar de proferidas dois mil anos atrás. Diz ele: “Neles se cumpre a profecia de Isaías: ‘Ainda que estejam sempre ouvindo, vocês nunca entenderão...’”. Por que esta é uma situação recorrente entre o povo de Deus? Esta é a situação: sempre ouvimos, ouvimos, ouvimos e não aprendemos! Esse fenômeno faz parte da natureza dos crentes não só dos dias atuais como dos tempos bíblicos também.

Partindo da premissa acima, qual seria a ponte entre o conhecimento e a transformação? Essa é uma das perguntas mais importantes para a igreja nos dias atuais. Muito do conhecimento repassado na igreja atualmente não produz transformação. As pessoas que freqüentam a igreja estão sempre ouvindo mensagens bíblicas, estudos, cânticos, hinos, devocionais e palestras sobre temas espirituais, mas muito daquilo que é ouvido não desemboca em mudança de vida. A transformação não é uma realidade em muitas pessoas por mais religiosas que sejam, fazendo com que a palavra profética de Isaías proferida há mais de 2.700 anos torne-se realidade em nosso contexto.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O perigo de se chegar ao platô - parte 2

A Bíblia afirma em 1 Co. 14:26 o seguinte: “Portanto, que diremos, irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em uma língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja”.

 O apóstolo está dizendo que aqueles irmãos de Corinto quando se reuniam não chegavam de “mãos vazias”, mas de alguma forma tinham o alvo de edificar-se mutuamente, por meio de algum instrumento espiritual pessoal para o crescimento daquela comunidade. Apesar de termos as nossas ressalvas presbiterianas às reuniões dos coríntios, aquela igreja tinha uma experiência de celebração dinâmica e rica, longe da acomodação evangélica presente em muitas igrejas locais da atualidade. Para aquela igreja do primeiro século, a reunião da igreja era reflexo daquilo que Deus ministrava em suas vidas no seu cotidiano, porque eles sempre “traziam algo” para a celebração coletiva da igreja.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Domingo 09 de Outubro de 2011

“Então, na sua angustia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações”. Salmo. 107,13,19,28)

Este versículo curiosamente aparece quatro vezes no mesmo Salmo. Didaticamente, o autor o repete para que os seus ouvintes (e posteriormente seus leitores), tomem consciência da presença providente de Deus num momento delicado vivido pelo povo Dele. Mas o salmo começa com um imperativo à ação de graças ao Senhor “porque ele é bom, e a sua misericórdia dura para sempre”. No transcorrer da oração, o escritor sagrado descreve a saga do povo que andou “errante pelo deserto e por caminhos solitários” (v. 4). Revela momentos dramáticos quando estava faminto e sedento e desfalecia nele a alma (v. 5).

Em meio a toda essa situação de desnorteio, dessa sensação e consciência de impotência, “na sua angustia clamaram ao Senhor”. Que é clamar? No Antigo Testamento equivale a um “grito de guerra” (Josué 6:16), ao grito da mulher ao dar à luz (Isaías 26:17), ao grasnido de um corvo. É gritar a partir das entranhas, do mais intimo da nossa dor, do nosso sofrimento, da nossa tribulação. Deus nos dá o direito de agir dessa maneira quando somos desafiados a suportar o insuportável.

sábado, 8 de outubro de 2011

A suficiência das Escrituras

A Reforma do século dezesseis foi um divisor de águas na vida da igreja e também na história da humanidade. A Reforma não foi uma inovação, mas uma restauração. Não foi a abertura de um novo caminho, mas uma volta às veredas antigas. Não foi a introdução de um novo evangelho, mas uma volta ao antigo evangelho. A Reforma foi uma volta à doutrina dos apóstolos, um retorno ao Cristianismo puro e simples. As verdades enfatizadas na Reforma podem ser sintetizadas em cinco “solas”: Sola Scriptura, Sola Fide, Sola Gratia, Solu Christu e Soli Deo Gloria. Vamos destacar agora o Sola Scriptura.

Todas as igrejas cristãs crêem nas Escrituras e aproximam-se dela como Palavra de Deus. Porém, nem todas têm o mesmo conceito das Escrituras. A Bíblia não apenas contém a Palavra de Deus, a Bíblia é a Palavra de Deus. A Bíblia não é uma dentre as regras de fé e prática, mas nossa única regra de fé e prática. Destacaremos, aqui, três pontos importantes para a nossa reflexão. 


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Disque Paz - Ligue: 3271-1736

Um ministério de evangelização e aconselhamento que estamos implantando em nossa igreja.

Ore por este ministério rogando as bênçãos de Deus sobre ele e que muitas vidas sejam alcançadas.

Ligue para 3271 - 1736. Caso precise de uma palavra amiga.

domingo, 2 de outubro de 2011

O perigo de se chegar ao platô - parte 1

O platô é um lugar contraditório! É lugar de segurança, conforto, tranqüilidade, proteção e fortaleza, mas também, é um lugar de conformismo, acomodação, monótono, sem aventuras e vazio de experiências que produzem crescimento e maturidade. No platô, ao mesmo tempo em que ficamos bem e à vontade, por outro lado, não pensamos muito naqueles que não conseguiram chegar ali, já que nossa postura egocêntrica nos deixa centralizados em nossas necessidades. Olhamos para nossa história de luta que nos fez chegar até ali, mas perdemos a capacidade de sonhar e de olhar para o futuro com esperança e coragem. Dessa forma, o platô, seja na vida profissional, na vida amorosa, na vida espiritual ou na vida eclesiástica é ao mesmo tempo vantajoso e perigoso.

Diria que, pelas ciladas que ele esconde, é mais perigoso do que vantajoso e por isso mesmo gostaria de abordar os aspectos perigosos relacionados aos perigos do platô espiritual nestas rápidas linhas. Um amigo meu que certa vez esteve ministrando aqui na igreja este ano, disse que as pesquisas atuais sobre igrejas que estão na faixa etária entre os cinqüenta e sessenta anos entram em um platô eclesiástico de acomodação extremamente perigoso e que após tal período elas têm uma tendência a ficarem permanentemente estagnadas. Caso não passem por um processo urgente de revitalização espiritual em sua estrutura interna e em sua visão, elas decrescerão, perdendo sua influência no mundo que a circunda.